Imagine acordar cedo, chegar ao trabalho e fazer todas as suas atividades diárias na empresa, mas tudo de mentirinha e sem ganhar um centavo por isso.

Essa é a realidade de milhares de europeus que trabalham para empresas falsas, que não têm produtos, fornecedores ou clientes reais, segundo o jornal ''The New York Times''.

Na França, são mais de cem dessas empresas atualmente, e pela Europa existem outras milhares, segundo a publicação. Elas formam uma rede e funcionam como um ''universo econômico paralelo''.

Elas começaram como locais de treinamento para recém-formados ou pessoas desempregadas. Mas, com a crise econômica europeia e o aumento do desemprego nos últimos anos, tornaram-se rotina para pessoas como Sabine de Buyzer, 41.

O jornal afirma que ela trabalha em uma empresa de mentirinha de móveis na cidade de Lille, na França, desde janeiro. Há dois anos, ela perdeu o emprego como secretária. Ela diz que, apesar de não receber, a rotina a ajuda a aumentar a confiança e que ela ''só deseja trabalhar''.

A economia europeia tem mostrado sinais de melhora, mas permanece o problema de pessoas que ficam muito tempo sem emprego, segundo o ''The New York Times''.

No ano passado, 52,6% das pessoas desempregadas na zona do euro não tinham trabalho por um ano ou mais, o maior índice já registrado, segundo o Eurostat, órgão da União Europeia responsável por estatísticas.

Saiba lidar com o desemprego