Presidente da Petrobras diz que acorda às 6h e almoça sozinha; veja rotina
Happy Hour
Na última sexta-feira (29), a presidente da Petrobras, Graça Foster, participou de um bate-papo online promovido pela Fundação Estudar (instituição sem fins lucrativos) e falou sobre o começo da carreira e sua rotina de trabalho.
A brasileira ficou em quarto lugar na lista que reúne as 50 mulheres de negócios mais poderosas do mundo da revista ''Fortune”.
“Acordo bem cedo e às 6h já estou de pé”, disse. Segundo ela, entre 7h e 7h15 um motorista a leva para a Petrobras e, durante o trajeto, a executiva lê as notícias importantes do dia.
“Normalmente minhas jornadas começam às 8h15 ou 8h30, e cada reunião dura, no máximo, uma hora.”
“Normalmente eu almoço na minha mesa de trabalho. Gosto de comer sozinha'', diz. Ela afirma que leva de 20 a 30 minutos para almoçar. “Gosto de escutar uma música ou ler uma revista enquanto estou comendo.”
As tardes da executiva “são muito longas e tudo se intensifica”. Foster diz que normalmente sai do trabalho entre 20h30 e 21h, e sempre leva trabalho para casa.
De acordo com a executiva, suas viagens são breves. “Gosto muito de dormir em casa. Saio daqui para pegar um voo, chego em São Paulo às 19h e já estou voltando no voo das 21h. Ou, então, vou para a China e durmo no avião, vou para a reunião e, no máximo, passo uma noite no hotel e volto”, diz.
Convite para estagiar na Petrobras veio de professor
Durante o encontro virtual, Foster também falou sobre o começo de sua carreira. Ela começou a trabalhar quando ainda estava na universidade. Nesse período, segundo ela, era preciso ter algum recurso para sustentar os estudos.
“Eu tinha que trabalhar. Houve situações em que eu fazia dois, três estágios ao mesmo tempo. Um sem receber e outro com alguma ajuda de custo”, conta.
Sua entrada na estatal aconteceu quando ela estava no último ano da faculdade de Engenharia Química. “Um professor que trabalhava no centro de pesquisas da Petrobras me convidou para estagiar”.
No início, ela diz que imaginava que terminaria a faculdade e faria algum concurso ou partiria para o setor privado. “Nunca me via liderando equipes.”
Agora, ela afirma que para liderar é preciso ter conhecimento e coerência.
“Não é razoável imaginar que você vai dotar um profissional de poder e ele não ter condição de se relacionar, de se desenvolver e de se comunicar com o grupo que ele lidera”.
A executiva está há 34 anos na companhia, sendo os últimos dois como presidente. Ela acumula também as funções de conselheira de Administração e diretora da Área Internacional da Petrobras.